Polícia Militar pune agentes flagrados em foto comendo marmita em pé na rua em SP
20/08/2025
(Foto: Reprodução) A divulgação da foto dos PMs comendo as marmitas, que teria sido feita por uma pessoa ainda não identificada, gerou repercussão negativa na corporação.
Reprodução
Três policiais militares que atuavam em Osasco, na Grande São Paulo, foram punidos após uma foto em que eles aparecem comendo uma marmita na rua ter vazado nas redes sociais.
O caso ocorreu em dezembro de 2019, mas a decisão sobre a punição foi publicada no Diário Oficial no último dia 8.
Segundo a Corregedoria da PM, o processo foi instaurado porque os policiais desrespeitaram uma ordem de um superior hierárquico, o que motivou a abertura de procedimento interno.
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Na ocasião, o grupo estava em uma atividade extra de trabalho e foi proibido, por um superior, de usar o refeitório da companhia do 14º batalhão para se alimentar.
🔍 A Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar (Dejem) é um valor extra pago a policiais militares que atuam em atividades de patrulhamento fora do expediente regular.
Com a proibição, os policiais compraram marmitas e comeram em pé na calçada de uma rua na cidade.
A divulgação da foto desse momento nas redes sociais, que teria sido feita por uma pessoa ainda não identificada, gerou repercussão negativa na corporação e considerada afronta à autoridade.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os agentes receberam sanções administrativas de caráter disciplinar que variam entre 10 e 15 dias de permanência disciplinar — medida em que o policial não pode sair da unidade em que está lotado durante o período estabelecido.
"A Corregedoria da Polícia Militar esclarece que o processo envolvendo os policiais citados resultou em sanções administrativas de caráter não exclusório, ou seja, que não implica demissão", afirmou a SSP.
Em nota, a SSP informou ainda que um dos policiais citados teve o processo suspenso, já que pediu exoneração do cargo na época e teve o pedido aceito. A exoneração também foi publicada em Diário Oficial.
A pasta reforçou que todas as punições aplicadas seguem a legislação vigente e o Regulamento Disciplinar da instituição, “preservando o devido processo legal e o direito à ampla defesa”.
A defesa dos policiais envolvidos não foi localizada até a última atualização desta reportagem.
PM preso por dizer 'você'
Em junho deste ano, um soldado da Polícia Militar foi preso, no Hospital da Polícia Militar, no Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo, suspeito de desrespeitar um superior durante atendimento médico. Segundo o boletim de ocorrência, o soldado teria se referido ao capitão como "você".
A defesa do policial Lucas Neto, que está detido, afirma que ele estava no hospital como paciente, com um deslocamento no ombro, e não como subordinado em serviço.
Um vídeo publicado no Instagram denuncia que o PM teria ido ao hospital acompanhado de sua advogada, Fernanda Borges de Aquino, já pelo conhecimento prévio de que médicos militares têm tratado subordinados com desrespeito.
Ainda segundo o relato publicado, a advogada teria sido impedida de fazer qualquer registro em áudio ou vídeo do atendimento do policial.
Lucas, então, teria iniciado uma gravação de áudio com o próprio celular, e o capitão médico Marcelo Cavalcante Costa teria ordenado que o soldado interrompesse a gravação.
Ao questionar a ordem e supostamente se referir ao capitão como "você", o PM recebeu voz de prisão.
O Artigo 160 do Código Penal Militar define como crime “desrespeitar superior diante de outro militar”, com pena de detenção de três meses a um ano, caso o fato não constitua crime mais grave.
